UMA CONQUISTA COM O AVAL DO POVO

Por vários anos, a Oi (antiga Telemar e Brasil Telecom) se posicionou no mercado como à empresa mais democrática do Brasil. Ontem como hoje, sempre abordou o tema liberdade em suas ações de marketing, justamente porque nos últimos anos as suas concorrentes adotaram estratégias que aprisionavam os clientes, a prática excessiva de aprisionamento vez com que os consumidores fossem prejudicados em seus direitos, então nos últimos meses já se podia escutar o clamor silencioso pedindo liberdade.
Era ótima a oportunidade de mercado, assim como em vários outros enredos, chegou hora de surgir o "salvador". Alguém que solucionasse todos os problemas trazendo vantagens e benefícios, portanto em 2002 surgi a OI.
Com elaborada estratégia de marketing agressivo saiu derrubando de vez a concorrência, a OI foi conquistado share de mercado rapidamente, com posicionamento bem definido foi ganhando cada vez mais espaço, propagandas engraçadas, apelo emocional e uso de crianças nas suas campanhas.



COMO EM CINCO MESES A OI CONQUISTOU 1 MILHÃO DE CLIENTES

 “Esta é a história de um fenômeno. Não há no universo de negócios brasileiro caso semelhante a este. Nem mesmo no mundo encontra-se algo parecido. A Oi, a operadora de telefonia celular da Telemar, acaba de atingir a marca de um milhão de clientes em apenas cinco meses de existência – um fato inédito que, se depender da vontade da empresa, vai parar nas páginas do Guinness, o livro dos recordes. Sim, porque trata-se de um recorde mundial.”
Joaquim Castanheira



OI, SIMPLES ASSIM!

60 milhões de clientes
2500 cidades
200 Países
Em 2007 comprou Amazônia Celular
Em 2009 comprou Brasil Telecom

O IMPÉRIO NÃO PÁRA DE CRESCER

Em 2002 a Oi foi criada. Em 1998, o Ministério das Comunicações decidiu dividir a Telebrás em doze companhias: três holdings das concessionárias regionais de telefonia fixa, uma holding da operadora de longa distância e oito holdings das concessionárias da telefonia móvel Banda A. A maior delas era Tele Norte Leste S.A., transformada em Telemar em abril de 1999. O nome TELEMAR vem de TELE(Telefonia - O serviço que a empresa presta) e MAR(A região no qual a operadora atua, que é o litoral sudeste, nordeste e norte do Brasil).
A Telemar absorveu assim, indiretamente, as antigas empresas de telecomunicações dos estados em que opera: a TELERJ, a TELEMIG, a TELEST, a TELERGIPE, a TELASA, a TELPE, a TELPA, a TELERN, a TELECEARÁ, a TELEPISA, a TELMA, a TELEPARÁ, a TELAMAZON, a TELEAMAPÁ, a TELEIMA e a TELEBAHIA. A última deu origem a Telemar.
A empresa possui hoje cobertura em todos os estados do país… Mais recentemente, em 17 de Maio de 2009, passou a operar na área da antiga Brasil Telecom, que foi comprada por ela no ano de 2008 e está substituindo os serviços da anterior.



INVESTIGAÇÃO DE MONOPÓLIO

MPF/RS investiga possível formação de monopólio entre Oi e Brasil Telecom
12/9/2008
Inquérito civil público analisa fusão de operadoras de telefonia devido à possível formação de monopólio privado da concessão dos serviços de telecomunicações.
O procurador da República no Rio Grande do Sul José Osmar Pumes instaurou um inquérito civil público para analisar a fusão das operadoras de telefonia Oi (Telemar) e Brasil Telecom, devido à possível formação de monopólio privado da concessão dos serviços de telecomunicações.

De acordo com o procurador, representação protocolada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas no Estado do Rio Grande do Sul (Sinttel) no Ministério Público Federal no estado (MPF/RS) afirma que o Plano Geral de Outorgas (PGO), elaborado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que originariamente não autoriza o monopólio privado da concessão dos serviços de comunicações, estaria sendo modificado com o fim específico de viabilizar a fusão entre as duas empresas.

"A imprensa nacional tem noticiado que os recursos para a realização do negócio entre as duas operadoras serão disponibilizados pelo BNDES e pelo Banco do Brasil, tratando-se, portanto, de financiamento com dinheiro público", destaca o procurador. Além disso, acrescenta ele, o governo federal tem explicitado seu empenho para a criação de uma "gigante brasileira de telecomunicações", com a facilitação de financiamentos, junto ao setor público, pelo Grupo Telemar. Todas essas evidências, no entender do procurador da República, configuram razões para se pensar que "a fusão já ocorreu de fato, estando em curso apenas medidas necessárias à regularização da operação já realizada, no plano normativo".

O MPF/RS entende que a fusão entre a Oi (Telemar) e a Brasil Telecom poderá inviabilizar o cumprimento dos deveres previstos na Lei nº 9.472/97, que garantem a toda a população o acesso às telecomunicações, às tarifas e aos preços razoáveis e em condições adequadas.

Paralelamente à tramitação do inquérito civil público, o MPF acompanha o andamento da ação popular número 2008.8100010389-0, que corre na 8ª Vara Federal de Fortaleza (CE), ajuizada contra a fusão das duas operadoras.

GOVERNO MUDA LEI PARA PERMITIR MONOPÓLIO PRIVADO DE TELEFONIA

A chamada “Supertele” trará monopólio nacional privado para a telefonia. Trabalhadores pagarão a conta: mais tarifas e mais impostos


Na quarta-feira, 13 de fevereiro, o governo federal, através do Ministério das Comunicações, enviou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) uma proposta de mudança das regras de funcionamento do setor de telecomunicações do país. No documento são solicitadas alterações do Plano Geral de Outorgas (PGO) para que o país deixe de ser dividido em áreas de atuação, possibilitando que as empresas de telefonia possam ter abrangência nacional.

Segundo o PGO, atualmente não é permitida a venda de uma empresa a outra que atue em área diferente. Com a privatização da Telebras, em 1998, a BrT ficou com a região Sul, Centro-oeste e com os estados de Tocantins, Rondônia e Acre. A Telefônica venceu o leilão no estado de São Paulo, enquanto a Oi (ex-Telemar) abocanhou o resto do país (Norte e Leste).

Coincidentemente, a Abrafix, que representa os interesses das operadoras de telefonia fixa, enviou carta à Anatel pedindo liberdade para a transmissão de conteúdo áudio-visual (isto é, permissão para utilizar a rede de telefonia fixa para transmissão de TV a cabo) e o fim do impedimento de que uma mesma empresa atue em áreas diferentes, entre outros pedidos.

Para completar o quadro, a Oi está em negociações com a Brasil Telecom (BrT) para a compra de seu controle acionário, o que hoje é proibido pela legislação, inclusive com uma intensa campanha de propaganda da Oi nos meios de comunicação. O processo de compra ficou conhecido como Supertele, pois, caso se concretize o negócio, a Oi terá praticamente monopólio nacional de telefonia fiza.

GOVERNO LULA ABRE AS PORTAS AO GRANDE CAPITAL

A Anatel foi criada em 1997 pela Lei 9.472 e preparava a privatização do setor de telecomunicações do país, o que ocorreu com o leilão da Telebras pelo governo FHC. Esta imposição do governo Lula acaba com a ficção da independência política e administrativa, prevista na lei que a criou. A obediência cega ao pedido do governo confirma que as Agências Nacionais não passam de escritórios de negócios das multinacionais para a garantia de seus lucros.

O principal argumento para a privatização da Telebrás, em 1998, foi que, com a flexibilização do mercado pela eliminação do monopólio estatal, o “regime de livre concorrência” a ser criado possibilitaria a elevação da qualidade e quantidade dos serviços prestados e a redução das tarifas. A regionalização do país em áreas de atuação tinha o objetivo de impedir que uma única empresa, ou um consórcio, estabelecesse um monopólio nacional.

No entanto, agora, o documento do governo diz que o esperado aumento da competição não ocorreu e que é necessário possibilitar a concorrência nacional entre as Teles para que o resultado de redução de tarifas surta efeito.

Da mesma forma que Lula anunciou a anistia aos latifundiários da soja responsáveis pelo desmatamento da Amazônia e o governo aprova o cultivo e a comercialização do milho transgênico no país, cede ao grande capital do ramo de telecomunicações e garante o avanço da penetração imperialista no Brasil.

O resultado de mais essa ação, realmente “nunca vista antes na história de nosso país”, abre as portas à concentração de capitais fazendo com que, do monopólio estatal privatizado, cheguemos ao monopólio privado multinacional. O resultado será não a redução de preços, mas a demissão de milhares de trabalhadores devido à fusão das empresas e a redução do salário dos que ficarem, por causa do aumento da concorrência entre eles por uma vaga de trabalho. Esta é a história de todos os processos de concentração de capitais em todo o mundo.



MAIS UMA VEZ, NÓS VAMOS PAGAR A CONTA

Porém não é só com o aumento de tarifas que os brasileiros serão penalizados. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um banco estatal de financiamento, anunciou que vai liberar R$ 2,5 bilhões para a concretização da compra da BrT pela Oi, mais da metade do valor do negócio, estimado em R$ 4,8 bilhões.

Neste verdadeiro “negócio da China”, não há como perder. A Oi expande seus negócios, com o conseqüente aumento de seus lucros. O Brasil paga a metade da conta, com dinheiro que deveria ser destinado às melhorias das condições de vida do povo brasileiro. E os brasileiros, desde aquele que recebe um salário mínimo para sobreviver e utiliza o orelhão da esquina, até aquele de melhor poder aquisitivo, trabalharão para garantir o negócio. Numa dupla transferência de recursos: através do pagamento de impostos e através da cobrança de tarifas telefônicas mais caras.


OI, MONOPÓLIO SIMPLES ASSIM!

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